segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Quinoa: Como alimento Funcional:


A Quinoa: Chenopodium quinoa Willd Amaranthaceae É uma planta nativa da Colômbia, Peru e Chile, que produz um grão considerado muito importante à alimentação e à vida do homem no altiplano andino.
Originária das alturas dos Andes e conservada por quechuas e aymarás, com suas 3.120 variedades,
a quinoa pinta o arco-íris nas áreas de cultivo sendo a Bolívia o seu maior produtor mundial.A Bolívia tem também o maior banco de grãos do mundo.Uma fundação custodia este que é o tesouro herdado dos povos indígenas, que conhecem a quinoa há aproximadamente 10 mil anos e asseguram que, sem ela, a vida humana seria impossível no altiplano. Um dos principais impulsores da revalorização do consumo da quinoa, Humberto Gandarillas (1920-1998)acreditava que a domesticação da planta na meseta andina tenha de fato uns 10 mil anos. Seu consumo habitual foi comprovado pelos arqueólogos,ao encontrarem quinoa nas ruínas pré-hispânicas. Após a invasão espanhola, os alimentos autóctones, como a quinoa, o amaranto e a maca, caíram paulatinamente em desuso e foram substituídos pelos grãos consumidos na Europa, como o trigo e a cevada. Porém, os agricultores andinos conservaram as sementes e continuaram seus cultivos em pequenas parcelas de terra, sabendo da enorme riqueza que encerra a quinoa. Somente no último terço do século XX, os bolivianos redescobriram o valor do grão. A partir de estudos científicos e do melhoramento de algumas variedades - como a quinoa "sajama" - verificou-se uma grande expansão, tanto do seu cultivo como do seu consumo no país. No Brasil, as pesquisas com a quinoa começaram na década de 1980, pela Embrapa, na sua unidade de Brasília, obtendo-se ótimos resultados. Atualmente, agrônomos, engenheiros de alimentos, nutricionistas e outros profissionais pesquisam cada vez mais a quinoa, inclusive procurando adaptá-la ao solo de cerrado brasileiro, principalmente no estado de Mato Grosso. Resultados das pesquisas mostram que o Brasil apresenta um enorme potencial para produzir a quinoa na região central, mais árida - pois a planta não exige muita chuva e pode ser cultivada na entressafra da soja - bem como nas áreas mais altas e frias da região sul. A quinoa também apresenta um bom resultado como cultura de verão nas entressafras; por ser botanicamente diferente das espécies nativas, é mais resistente às pragas e doenças que ficam nos restos de cultura e plantas espontâneas, diminuindo seu impacto negativo.
Pesquisas feita pelo Departamento de Nutrição da Universidade de São Paulo, em parceria com a Embrapa, comparando a quinoa andina com a produzida aqui, comprovaram um perfil de proteínas de 90% em ambas. A quinoa brasileira contém mais fibras - 13% contra 8,5% da andina. Os resultados indicam grandes semelhanças genéticas com a original, prometendo um futuro promissor para o cultivo no Brasil.
Cada 100 gramas de quinoa contêm 15 gramas de proteínas 68 g de carboidratos, 9,5 mg de ferro, 286 mg de fósforo, 112 mg de cálcio, 5 g de fibras e 335 kcal. A composição pode variar um pouco, em razão da diversidade de sementes. Segundo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, a quinoa é um dos alimentos mais completos que existem. Novas pesquisas da planta mostram que a mesma tem o poder proteico do leite materno.
A quinoa não contém glúten.
A quinoa pode substituir o trigo na produção de farinha, a soja na produção de óleo, o milho para biodiesel e o arroz na alimentação.

Fonte: Wikipédia.

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