sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Plantas que Curam: Sucupira:

A sucupira (Pterodon emarginatus) ocorre no cerrado e sua transição para a floresta semidecídua da Mata Atlântica, nos estados de Minas Gerais, Mato Grosso, Tocantins, São Paulo, Goiás, Piaui e Mato Grosso do Sul. A espécie consta da lista de plantas ameaçadas do estado de São Paulo. Características: É árvore de porte médio, de 8 a 16 metros, de copa piramidal rala. O tronco tem casca lisa branco-amarelada. As raízes formam às vezes expansões de reserva, as batatas-de-sucupira. As folhas compostas bipinadas. Flores rosadas, em inflorescências terminais tipo panículo. A espécie Pterodon polygalaeflorus pubescens Benth., considerada por alguns autores como a mesma da P. emarginatus, ocorre mais ao norte do Brasil e tem flores azul-violeta. Fruto tipo legume indeiscente, alado, com uma única semente protegida por cápsula fibrosa e envolta em substância oleosa numa estrutura esponjosa. A árvore é decídua, não-pioneira, heliófita e xerófita, nativa de terrenos secos e arenosos. Apresenta dispersão descontínua, muitas vezes com populações puras. Floresce em setembro-outubro e os frutos amadurecem em junho-julho, mas ficam mais tempo na árvore. Retirar a semente do fruto é difícil, estes podem ser plantados inteiros. De qualquer forma, a taxa de germinação é baixa. Usos: Fornece madeira muito dura, usada em construção civil. Na medicina popular, seu óleo aromático volátil, produzido pela casca e pelas sementes, é utilizado contra o reumatismo. Já os nódulos da raiz, chamados de batatas-de-sucupira, são usados contra o diabetes. Estudos farmacológicos demonstraram que o óleo dos frutos inibe a penetração pela pele da cercária da esquistossomose, podendo ser usada na profilaxia dessa endemia. Sucupira-branca classificada como Pterodon emarginatus? Por ser morfologicamente parecida, a P. emarginatus e a Bowdichia virgilioides Kunth são com freqüência confundidas, mas os frutos são diferentes. A Farmacopéia; Brasileira de 1929 refere o uso da casca de sucupira em forma de extrato fluido e tintura, citando a espécie como Bowdichia virgilioides Humboldt, Bonplant, Kunth. Descreve a casca como se apresentando em grandes pedaços planos ou levemente curvos, de comprimento e largura variáveis e 8–10 mm de espessura. A superfície externa é pardo-escura com numerosas verrugas cor de ferrugem, rachos longitudinais profundos e algumas fendas transversais muito espaçadas. A parte suberosa se desprende facilmente, expondo o parênquima cortical pardo-avermelhado. A face interna é amarelada, com estrias longitudinais bem visíveis. O sabor é amargo e adstringente.

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Isquemia mesentérica:


Sérgio Carlos Nahas
Marcelo Rodrigues Borba
Isquemia mesentérica
sumário
Sumário
Introdução
Epidemiologia
Fisiopatologia
Quadro clínico
Diagnóstico
Tratamento
Conclusão
Referências bibliográficas



Introdução:
A isquemia mesentérica é causada pela diminuição ou
interrupção abrupta do fluxo sanguíneo do território vascular
da artéria mesentérica superior e/ou inferior. A isquemia
mesentérica pode ser causada pela oclusão arterial parcial
ou completa, em decorrência de trombose ou embolia
arterial, vasoconstricção esplânica, trombose venosa ou estrangulamento
mecânico de um segmento intestinal.
A isquemia mesentérica pode ter consequências clínicas
graves, levando à necrose intestinal com repercussão
sistêmica intensa, acompanhada de sepse, choque,
ocorrendo o óbito ou evoluindo com síndrome do intestino
curto. Portanto, o diagnóstico deve ser rápido, e o tratamento
da doença, realizado em caráter de urgência.1
Neste capítulo, serão discutidas a isquemia mesentérica
aguda, suas causas, quadro clínico, diagnóstico e tratamento
preconizado.

Epidemiologia
As causas de isquemia mesentérica aguda mais comuns
são embolia da artéria mesentérica superior ou inferior
(50% dos casos), trombose da artéria mesentérica
superior ou inferior (20%), trombose venosa mesentérica
(5%) e isquemia não obstrutiva (25%). A mortalidade
nesses casos atinge 60%.3
São fatores de risco para a isquemia mesentérica aguda:
idade, arritmias cardíacas, neoplasias malignas, insuficiência
cardíaca, infarto do miocárdio, doença cardíaca
valvar, aterosclerose e outras situações de hipofluxo sanguíneo.
Nos últimos anos, a incidência da isquemia mesentérica
aguda vem aumentando em virtude da maior
faixa etária da população em geral e do maior número de
doenças cardíacas sob controle clínico, além de procedimentos
cirúrgicos cada vez mais sofisticados e frequentes
nos pacientes mais idosos.2

Fisiopatologia
Para entender a fisiopatologia da isquemia mesentérica
aguda, é necessário conhecer a anatomia da vascularização
intestinal.
Tronco celíaco: origina-se da parede anterior da
aorta e dá origem a artéria hepática comum, a artéria esplênica
e a gástrica esquerda. Em 75% dos casos, a artéria
hepática origina a artéria gastroduodenal, que, por sua
vez, origina a artéria gastroepiploica direita e as artérias
pancreaticoduodenais superiores anterior e posterior. A
artéria gastroepiploica direita comunica-se com a artéria
gastroepiploica esquerda, que surge da artéria esplênica
em 90% dos casos. A artéria gástrica direita origina-se da
artéria hepática e anastomosa-se com a artéria gástrica esquerda
ao longo da pequena curvatura gástrica. Devido a
esse amplo suprimento sanguíneo arterial, a isquemia gástrica
é um evento extremamente raro.17
Artéria mesentérica superior (AMS): surge logo
abaixo do tronco celíaco originando a artéria pancreatoduodenal
inferior, os ramos jejuno-ileais, a artéria íleo-
-ceco-apêndico-cólica e a artéria cólica média e seu ramo
direito. Essas artérias vão irrigar o pâncreas, todo o intestino
delgado e o cólon direito e transverso até o ângulo
esplênico, sendo, portanto, de importância vital na vascularização
do território esplâncnico.
Artéria mesentérica inferior (AMI): sai da aorta
cerca de seis centímetros abaixo da artéria mesentérica superior
dando os ramos arteriais cólico esquerdo, artérias
sigmoideas e retais. É responsável por toda a irrigação do
cólon esquerdo e reto.
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2 Paciente crítico: diagnóstico e tratamento ✚ seção 6 sistema gastrointestinal
O território esplâcnico possui uma extensa rede de vasos
colaterais que protegem o intestino em períodos transitórios
de perfusão tecidual inadequada. O eixo celíaco e
a AMS comunicam-se principalmente por meio das artérias
pancreaticoduodenais superiores e inferiores. A AMS
e a AMI apresentam a arcada marginal de Drummond e a
arcada de Riolan que ligam esses dois importantes vasos,
permitindo a compensação do suprimento sanguíneo do
cólon em casos de isquemia ou em procedimentos cirúrgicos.
Outra comunicação importante arterial ocorre entre
a AMI e a artéria ilíaca interna através das artérias retais
ou também chamadas de hemorroidárias.17
Existem vários mecanismos que controlam a irrigação
mesentérica tanto no hipofluxo quanto no período pós-
-prandial.4 Os mecanismos intrínsecos responsáveis pela
preservação da circulação esplâncnica são ativados pelo
baixo fluxo sanguíneo intestinal e incluem o relaxamento
da musculatura lisa arterial e a resposta metabólica da adenosina
e outros metabólitos decorrentes da isquemia da
mucosa intestinal. Já os mecanismos extrínsecos incluem
o sistema renina-angiotensina-aldosterona, o sistema nervoso
simpático e a vasopressina, que são ativados e regulam
o fluxo mesentérico conforme a necessidade.5
O território esplâncnico pode suportar uma queda do
fluxo sanguíneo de 75% por um período de até doze horas
sem lesão tecidual, principalmente pela maior extração
de oxigênio e pela abertura da circulação colateral. Entretanto,
após esse período, há uma vasoconstrição do
território isquêmico levando a um aumento da pressão de
perfusão e diminuição do fluxo sanguíneo colateral, que
pode persistir mesmo após o reestabelecimento do fluxo
sanguíneo, levando a uma progressão da lesão tecidual devido
a isquemia intestinal.6
As principais causas de isquemia mesentérica aguda
são, em ordem decrescente, a embolia arterial, a trombose
arterial, a trombose venosa e, por último, as isquemias
não oclusivas.
A embolia arterial mesentérica ocorre principalmente
em decorrênca ao deslocamento de um trombo proveniente
do coração (átrio esquerdo, ventrículo esquerdo ou
valva cardíaca) que atinge o vaso sanguíneo. Esse êmbolo
segue preferencialmente pela artéria mesentérica superior,
em virtude principalmente do seu maior calibre e angulação
na origem na aorta.3
A trombose arterial mesentérica ocorre como consequência
de uma doença aterosclerótica, geralmente em
pacientes com história de isquemia intestinal crônica
(claudicação intestinal), não estando relacionados a estado
de hipercoagulabilidade, como na trombose mesentérica
venosa.7,8
A trombose venosa intestinal leva a um aumento da
resistência ao fluxo sanguíneo venoso, provocando um
edema da parede intestinal, extravasamento de líquido
para a luz do intestino com consequente hipotensão sistêmica
e um aumento da viscosidade sanguínea, resultando
em diminuição do fluxo arterial, hemorragia submucosa
e infarto intestinal.1 A trombose venosa intestinal
ocorre mais comumente em indivíduos com estado de hipercoagulabilidade,
hipertensão portal, trauma abdominal
fechado, infecção intra-abdominal, prancreatite, esplenectomia
e neoplasias.9
A isquemia mesentérica não oclusiva tende a ocorrer
em indivíduos com doença vascular aterosclerótica exuberante.
A hipotensão sistêmica leva, concomitantemente
a uma série de mecanismos para preservar o fluxo sanguíneo
cerebral e cardíaco, a uma vasoconstrição
mesentérica, ocasionando principalmente isquemia da
mucosa intestinal, que necessita geralmente de um aporte
de oxigênio maior para manter sua viabilidade.10

Quadro clínico
Os pacientes com isquemia mesentérica aguda de causa
arterial apresentam dor abdominal difusa, distensão abdominal,
náuseas, vômitos, parada de eliminação de gases
e fezes e podem evoluir rapidamente com hipotensão
arterial e comprometimento sistêmico grave.
Sudorese, desidratação, queda da diurese, febre e taquicardia
são sinais associados a isquemia mesentérica
aguda arterial.
Na isquemia mesentérica aguda decorrente de trombose
venosa, o quadro pode ser mais insidioso, com menor
repercussão geral para o paciente, podendo apresentar
dor abdominal incaracterística por períodos de até duas
semanas até o diagnóstico.11
Nos pacientes com isquemia mesentérica por hipofluxo
do território esplâncnico, a dor abdominal não é um
achado referido em até 25% dos pacientes, que geralmente
apresentam um quadro sistêmico predisponente a isquemia,
como hipotensão decorrente de quadro de insuficiência
cardíaca congestiva, hipovolemia ou arritmias
cardíacas.
Na isquemia intestinal aguda, o quadro clínico abdominal
inicial pode ser desproporcional à dor relatada pelo
paciente, devido à ausência de acometimento parietal.
Com a progressão da isquemia, há um acometimento
transmural do intestino levando a um quadro de peritonite
localizada ou difusa.17 Em pacientes que possuem os
fatores predisponentes já citados para isquemia e que se
apresentam com distensão e dor abdominal difusa, rápida
deterioração do estado geral e comprometimento sistêmico,
o diagnóstico de isquemia mesentérica aguda deve
ser prontamente investigado.
A isquemia que envolve o território da artéria mesentérica
superior leva ao comprometimento extenso do delgado,
com distensão, dor abdominal e vômitos fecaloides
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7 isquemia mesentérica 3
ou de estase. Em virtude da translocação bacteriana, um
quadro séptico rapidamente se instala, com febre, taquicardia
e hipotensão arterial. Alteração neurológica acontece
em cerca de um terço dos pacientes idosos.12 O exame
físico abdominal demonstra dor e distensão abdominal
com a ausência de ruídos hidroaéreos, a irritação peritoneal
está presente com frequência, além de desidratação e
cianose de extremidades. Quando o comprometimento arterial
é da artéria mesentérica inferior, o cólon esquerdo é
o mais afetado e, apesar de poder não evoluir com sinais
clássicos de irritação peritoneal, pode demonstrar um quadro
de distensão abdominal e presença de hematoquezia.

Diagnóstico
O diagnóstico de isquemia mesentérica aguda deve
ser feito rapidamente considerando-se o exame físico e
dados importantes da história clínica do paciente com relação
aos fatores de risco já debatidos neste capítulo. Um
terço dos pacientes com isquemia mesentérica por embolia
já tiveram outro evento embólico no passado, enquanto,
nos casos de trombose venosa mesentérica, existe um
histórico de trombose venosa profunda ou embolia pulmonar
em cerca de metade dos pacientes.13 Portanto, a
história clínica e o exame físico são fundamentais para a
suspeita diagnóstica de isquemia mesentérica aguda.
O diagnóstico precoce é fundamental para uma boa
evolução desses pacientes. Entretanto, muitas vezes os sinais
e os sintomas de uma isquemia intestinal aguda são
inespecíficos, e os pacientes necessitam de exames complementares
para o correto diagnóstico.14
Os exames laboratoriais são simples de serem realizados,
porém, um exame normal não descarta a possibilidade
de isquemia intestinal. As principais alterações nos
exames laboratoriais são a presença de leucocitose, o aumento
do hematócrito decorrente da hemoconcentração,
a acidose metabólica e a elevação do lactato.15,16
A radiografia simples de abdome é um exame inespecífico
e apresenta-se normal em até 25% dos casos, entretanto,
pode apresentar distensão de alças do delgado ou
do cólon, dependendo da artéria comprometida, edema
da parede intestinal e, por vezes, pneumoperitônio, quando
houver perfuração de alça intestinal.1
A ultrassonografia com Doppler pode visualizar uma
estenose ou oclusão nos ramos vasculares principais, entretanto,
em virtude da frequente distensão abdominal, é
um exame que apresenta suas limitações.
A tomografia computadorizada com a angiotomografia
computadorizada de abdome pode auxiliar no
diagnóstico, evidenciando alterações na parede intestinal
e ausência de preenchimento do contraste nos vasos
acometidos. O contraste endovenoso é importante para o
diagnóstico, porém, em razão do quadro de hipotensão e,
consequentemente, deficiente perfusão renal e alteração
da filtração glomerular, seu uso pode ser proibitivo.18,28
A angiografia mesentérica é o exame mais sensível e
específico, confirmando o diagnóstico de certeza da obstrução
arterial, porém nem sempre é disponível ou pode
ser feito por causa das condições clínicas do paciente.
Nos casos com forte suspeita de isquemia mesentérica
aguda e nos pacientes em sepse, a laparotomia exploradora
pode se tornar imperativa mesmo sem a realização
de exames subsidiários, com a finalidade de diagnosticar
e tratar essa doença de alta comorbidade e mortalidade.
Em casos subagudos e de menor gravidade a angioressonância
magnética de abdome pode ser realizada, porém
deve ser evitada nos quadros agudos e graves, em razão do
tempo de realização do exame.

Tratamento
A abordagem terapêutica inicial do paciente com isquemia
mesentérica aguda deve incluir a ressuscitação volêmica
e o suporte hemodinâmico, correção da acidose metabólica
e dos distúrbios hidroeletrolíticos, preferencialmente
em unidades de terapia intensiva. A passagem de sonda nasogástrica
deve ser realizada nos paciente com distensão abdominal,
e a sondagem vesical é imperiosa, tanto quanto o
acesso venoso central, para controle da diurese e do estado
volêmico do paciente. Se for necessário o uso de drogas vasoativas,
deve-se evitar o uso de noradrenalina e outros agentes
vasoconstritores, sendo permitido o uso de dobutamina
e dopamina em baixas doses.2
Na suspeita de isquemia mesentérica aguda sem sinais
de peritonite, a arteriografia, quando disponível, é o exame
de escolha. Além de diagnóstica, pode ser terapêutica,
por meio da infusão intra-arterial de agentes vasodilatadores
ou trombolíticos, angioplastia ou colocação de stents,
dependendo da etiologia e do sítio da obstrução. Para tanto,
é necessária a normalização hemodinâmica do paciente,
uma vez que, em condições de hipovolemia e hipotensão,
a arteriografia pode evidenciar áreas de vasoconstrição
mesmo na ausência de isquemia mesentérica.
Como existe vasoconstrição do território esplâncnico
decorrente da hipoperfusão mesmo após a correção do
fluxo sanguíneo, a papaverina pode ser utilizada tanto nas
formas oclusivas como nas não oclusivas da isquemia mesentérica
aguda.6,29,30
Em pacientes com sinais de peritonite, suspeita de perfuração
ou necrose intestinal baseados no exame físico,
em exames laboratoriais ou radiográficos, a laparotomia
exploradora torna-se obrigatória.
O tratamento específico da isquemia mesentérica pode
variar com a etiologia da isquemia.
A abordagem ideal na embolia arterial mesentérica é a
laparotomia e a embolectomia, por meio da arteriotomia
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4 Paciente crítico: diagnóstico e tratamento ✚ seção 6 sistema gastrointestinal
distal, a obstrução e a passagem de cateter balonado. Caso
haja persistência de alça necrótica após a reperfusão, a enterectomia
deve ser realizada. A realização de anastomoses
dependerá das condições clínicas desses pacientes. A administração
pós-operatória de papaverina pode ajudar a reduzir
o vasoespasmo do território acometido. A ressecção
intestinal extensa pode levar a comorbidades como síndrome
do intestino curto, portanto, uma nova laparotomia
programada após 24-48 horas (second look) pode ser necessária
caso permaneça dúvida quanto à viabilidade das alças
intestinais, evitando, assim, ressecções desnecessárias.2
A terapia trombolítica pode ser realizada nos pacientes
que não apresentam sinais clínicos de infarto intestinal
e que são submetidos à arteriografia dentro de oito
horas do início do quadro.31-33
Entretanto, a laparotomia exploradora é mandatória
no insucesso da terapêutica ou nos doentes que apresentem
sinais de isquemia intestinal progressiva.
A prevenção de novos eventos embólicos pode ser realizada
com o uso de warfarina.34
Na trombose arterial mesentérica, o tratamento preconizado
é essencialmente cirúrgico, no qual podem ser empregadas
diversas técnicas de revascularização em associação
a trombectomia e ressecção de segmentos intestinais não viáveis.
35 Têm sido descritos casos de tratamento endovascular
com uso de stents,36-38 e em pacientes sem sinais de irritação
peritonial a observação e anticoagulação com heparina
também pode ser empregada caso a arteriografia demonstre
a presença de fluxo colateral na área acometida. Entretanto,
se a vascularização colateral for insuficiente, o enchimento
da artéria mesentérica superior, deficiente, ou o paciente apresente
sinais peritoniais, o uso da papaverina pode ser empregado,
e a laparotomia exploradora, realizada.
No acompanhamento a longo prazo desses pacientes,
deve ser utilizado um antiagregante plaquetário para reduzir
o risco de isquemia mesentérica recorrente.34
A trombose venosa mesentérica é tratada basicamente
com anticoagulação e ressecção intestinal. Caso não haja
evidências de necrose intestinal, pode ser feita observação
clínica e anticoagulação. A laparotomia está indicada nos
pacientes que não apresentam melhora ou desenvolvam
sinais e sintomas de infarto intestinal. A papaverina pode,
ainda, ser utilizada durante a angiografia, para evitar o vasoespasmo
arterial que acompanha o quadro. A prevenção
da trombose venosa recorrente deve ser feita com warfarina
por um período mínimo de seis meses.39,40
O tratamento principal da isquemia mesentérica não
oclusiva envolve a correção do distúrbio que levou à vasoconstrição
esplânica e a infusão de papaverina pelo cateter
da arteriografia. A laparotomia, novamente, torna-se necessária
nos pacientes com sinais de irritação peritonial e
piora clínica. Por vezes, em virtude das condições clínicas
do doente, é necessária a reexploração cirúrgica e a anastomose
tardia dos segmentos intestinais ressecados.1,41

Conclusão
A isquemia mesentérica aguda é uma afecção que apresenta
alto índice de morbimortalidade, relacionado tanto
à gravidade do paciente quanto à doença. É necessário,
portanto, alto índice de suspeita clínica para o diagnóstico
precoce e terapêutica agressiva, com suporte hemodi-
Não
Laparotomia exploradora
Tratamento específico
Observação Laparotomia
Ressuscitação do paciente e correção dos distúrbios metabólicos
Sinais de irritação peritonial/sepse
Tomografia computadorizada
Arteriografia
Achados normais
Presença de peritonite/sepse
Sim
Sim
Sim
Não
Não
Algoritmo 1 Diagnóstico e tratamento da isquemia mesentérica.
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7 isquemia mesentérica 5
Evidência radiológica de vasos colaterais
Ausência de peritonite/sepse
Infusão contínua de papaverina
Observação
Presença de peritonite/sepse
Infusão contínua de papaverina
Laparotomia
Trombose arterial mesentérica
Trombo distal
Ressecção local
Suspender infusão de papaverina
Trombo proximal
Reconstrução arterial e/ou ressecção
Possibilidade de reintervenção cirúrgica
(second look)
Algoritmo 2 Diagnóstico e tratamento da isquemia mesentérica.
Algoritmo 3 Diagnóstico e tratamento da isquemia mesentérica.
Embolia arterial mesentérica
Ausência de peritonite/sepse
Infusão contínua de papaverina
Observação
Repetir angiografia
Agentes trombolíticos
Presença de peritonite/sepse
Infusão contínua de papaverina
Laparotomia
Embolia distal
Ressecção local
Suspender infusão de papaverina
Embolia proximal
Embolectomia e/ou ressecção intestinal
Infusão contínua de papaverina
no pós-operatório
- Repetir angiografia
- Possibilidade de reintervenção cirúrgica
(second look)
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6 Paciente crítico: diagnóstico e tratamento ✚ seção 6 sistema gastrointestinal
Ausência de peritonite/sepse
Infusão contínua de papaverina
Observação
Vasoconstrição esplânica
Presença de peritonite/sepse
Infusão contínua de papaverina pré-operatória
Possibilidade de reintervenção cirúrgica
(second look)
Laparotomia/ressecção conforme viabilidade intestinal
Infusão contínua de papaverina pré-operatória
Algoritmo 4 Diagnóstico e tratamento da isquemia mesentérica.
Ausência de peritonite/sepse
Observação
Trombose venosa mesentérica
Presença de peritonite/sepse
Laparotomia
Segmento isquêmico curto
Ressecção segmentar
Anticoagulação
Isquemia intestinal extensa
Não viável
Possibilidade de reintervenção cirúrgica
(second look)
Viável
Isquemia intestinal extensa
Ressecção Fechamento
Nutrição parenteral
Algoritmo 5 Diagnóstico e tratamento da isquemia mesentérica.
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7 isquemia mesentérica 7
nâmico e intervenção cirúrgica para a restauração do fluxo
sanguíneo mesentérico.
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37. Wyers MC, Powell RJ, Nolan BW, Cronenwett JL. Retrograde mesenteric
stenting during laparotomy for acute occlusive mesenteric ischemia.
J Vasc Surg 2007; 45:269.
38. Yoon YW, Choi D, Cho SY, Lee DY. Successful treatment of isolated
spontaneous superior mesenteric artery dissection with stent placement.
Cardiovasc Intervent Radiol 2003; 26:475.
39. Petitti DB, Strom BL, Melmon KL. Duration of warfarin anticoagulant
therapy and the probabilities of recurrent thromboembolism and
hemorrhage. Am J Med 1986; 81:255.40. Abdu RA, Zakhour BJ, Dallis
DJ. Mesenteric venous thrombosis – 1911 to 1984. Surgery 1987;
101:383.
40. Ward D, Vernava AM, Kaminski DL, et al. Improved outcome by identification
of high-risk nonocclusive mesenteric ischemia, aggressive reexploration,
and delayed anastomosis. Am J Surg 1995; 170:577.
S06 C07.indd 7 13/10/11 7:08 PM

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Elemento Água: Rim e Bexiga: Cuidados para equilibrar e proteger:

Elemento Água:
Órgãos: Rim e Bexiga. Cuidados para fortalecer e proteger.
           Aqui a energia vital é fluida, latente, inercial. Como a semente que durante o inverno aguarda, quieta, o momento de brotar, a essência de Água reside na não ação, daí se falar em fluidez, Conduz o sal da terra para o mar assim como conduz Metal para Madeira; representa o início do ciclo de vida , quando o que já foi repousa na estância do vira-ser. Nós também somos Água- quase oitenta por cento do nosso corpo é composto por líquidos.
 Os rins controlam o nível da água do organismo, a bexiga armazena e elimina o excesso.
Os rins retêm os minerais, que são Metal, para que o fígado possa aproveitá-los no metabolismo. Através da água nos renovamos constantemente. Sangue, linfa, secreções glandulares, urina, suor, saliva, lágrimas, leite de mãe, nada funciona sem água, com ela tudo flui.                                                      Em água temos os rins que são o celeiro da energia vital. Quando nos sentimos letárgicos, sem vontade, sem determinação, desanimados, desistindo diante da menor dificuldade, com medo da vida e das pessoas, com frio, rosnando por qualquer coisa, cheio de ansiedade, angustia e sensação de sufoco, como se o fluxo da vida estivesse cercado de obstáculos, estamos mal em água.  Edemas, tremores, muita saliva, suor excessivo, atordoamento mental, dores agudas na parte inferior do abdômen, dificuldade em urinar, digestão difícil no estômago, pressão arterial alta ou baixa, cansaço sem motivo aparente e queda de cabelos são alguns sintomas.
Alimentação: O sabor amargo tonifica a energia dos rins, o sabor salgado dispersa a energia dos rins, o sabor picante harmoniza energia dos rins. O pouco salgado tonifica a forma dos rins: o muito salgado, o doce, o picante e o amargo dispersam a forma dos rins, bexiga e órgãos sexuais, por serem especialmente ativos, precisam de atenção: sal e líquidos a menos ou a mais podem prejudicar esse sistema e com isso bagunçar a geração de energia para o fígado (Madeira) ou inibir a energia do coração. Como o sabor doce modera essa área, é bom prestar atenção nele também excesso de açúcar aumenta as paranoias e as preocupações, que fica inseguro com facilidade e acha que vai fracassar.
Algumas dicas: só acrescentar sal á comida conscientemente , e não por hábito; mesma coisa quanto ao consumo de líquidos. Comer raízes como bardana, nabo, cenoura; frutas secas, de preferência as menos doces, como damasco e abacaxi; nozes, amêndoas, avelãs, sementes de girassol, abóbora e gergelim, castanhas cruas, amendoim cru; tofu; feijões de todos os tipos, mostarda, bem como as ervas aromáticas, cebola, alho e gengibre. Usar pouca quantidade de produtos animais, dando preferência aos peixes pequenos de água salgada (sardinha, manjuba, trilha) e aos peixes de água doce. Nabo comprido ralado e cogumelos shiitake, ajudam a descarregar o excesso de muco e gordura dos rins. Chás mais indicados: Bambu, feijão azuki, e cabelos de milho. A comida que harmoniza Água é pouco suculenta, absorve umidade mais do que gera.  Se houver retenção de líquido, usar feijão azuki.atenção á cor da urina: se for clara demais diminua a quantidade de líquido, se for escura aumente, de preferência através de caldos de cebola, aipo, nabo, e sumos de vegetais. Evitar o consumo de sucos de frutas, sorvetes e bebidas geladas no dia a dia, porque a natureza de Água já é fria. No inverno: comer rim para tonificar os rins. Cálcio e magnésio são  os minerais de Água. Em excesso, o cálcio pode fazer cálculos renais; em deficiência prejudica os ossos. Além disso, o cálcio dos fluídos corporais e dos tecidos moles regula funções musculares, nervosas, hormonais, enzimática e até sanguíneas, como a coagulação do sangue. Para ser bem absorvido precisa de vitamina D, que sintetizamos sob a pele quando ficamos expostos ao sol.
Magnésio é o que existe no núcleo da clorofila é a molécula que faz as plantas ficarem verdes.
O magnésio complementa e equilibra as propriedades do cálcio e ajuda o corpo a utilizar as vitaminas B, C e E;a deficiência pode provocar doença renal, cãibras e outros sintomas musculares, irritação, confusão mental, síndrome pré-menstrual, problemas no coração. Café, álcool, flúor, diuréticos e drogas químicas podem provocar perdas de magnésio; boas fontes são algas marinhas, sementes em geral e especialmente de gergelim, amêndoas, nozes, castanhas e evidentemente folhas bem verdes de tudo quanto for planta. Mesmo por que a clorofila quando entra no organismo atrai para o seu núcleo o ferro que estiver disponível e com isso se transforma em glóbulos vermelhos de sangue, o tal que transporta oxigênio para todas as células e ajuda o corpo a se limpar.  Os sentimentos se traduzem nos rins são: desejo, ambição. Na tradição chinesa os rins são o celeiro da energia ancestral, Nossa herança genética, nossa história familiar, nosso nome estão ligados aos rins; a vontade que nos empurra para frente e nos faz lutar pelo futuro.
Livros indicados para uma consulta mais abrangente:
O Manual do Herói.
O Imperador Amarelo.

sábado, 12 de outubro de 2013

Teoria dos cinco elementos:


















Os cinco elementos:                                               
            Ao mesmo tempo em que a teoria do Yin-Yang, a teoria dos cinco elementos constitui a base da Medicina Tradicional Chinesa.                                                       
O termo “cinco elementos” tem sido utilizado pela maioria dos médicos ocidentais que praticam a medicina Chinesa.                                
            Os cinco elementos, são os cinco processos básico, as qualidades, as fases de um ciclo ou a capacidade inerente de modificação de um fenômeno.
Aplicada à Medicina Chinesa através de todo o seu desenvolvimento histórico, sua popularidade cresceu e diminuiu através dos Séculos.                                                                                  
Durante o período de guerra dos Estados, ela se tornou imensamente popular e foi aplicada na Medicina, astrologia, ciências naturais, calendário, música e mesmo na política. 
A sua popularidade foi tanta que a maior parte dos fenômenos foi classificada em cinco partes.  No entanto, logo apareceu a crítica: No inicio do século um, quando o grande filósofo cético Wang Chong (27-97 d.C) criticou a teoria dos cinco elementos como muito rígida para interpretar todos os fenômenos da natureza. 
A partir da dinastia Han, a influência da teoria dos cinco elementos começou a diminuir.                              
Então já na dinastia Song (960-279) A teoria dos cinco elementos voltou a recuperar a sua popularidade e foi sistematicamente aplicada no diagnóstico, na sintomatologia e no tratamento na Medicina Chinesa. 
A partir da dinastia Ming, a influência da teoria dos cinco elementos decresceu novamente, uma vez que a Medicina Chinesa foi dominada pelos estudos das patologias infecciosas do calor exterior para diagnóstico e tratamentos, nos quais a identificação do padrão de acordo com os quatro níveis e o triplo Aquecedor foram utilizados.
 A teoria dos cinco elementos foi desenvolvida pela mesma escola filosófica que desenvolveu a teoria do Yin-Yang: A escola do Yin- Yang, muitas vezes chamada de escola naturalista. 
O expoente principal desta escola foi Zou Yan (350-270 a. C).   Inicialmente a teoria dos cinco elementos tinha implicações políticas,  tanto quanto naturalista.  Os filósofos desta escola eram muito estimados e talvez, até temidos, pelos antigos soberanos Chineses, pois eles davam a entender que eram capazes de interpretar a natureza sob a ótica do Yin-Yang.                                                          
 Se um determinado soberano foi associado com um determinado elemento, cada cerimonial tinha que se ajustar à cor do determinado elemento, estação etc.                                            
“A dinastia Xi dominada pela virtude da Madeira.”                                                
“A dinastia Shang dominada pela virtude do Metal”.                                              
 “A dinastia Zhou dominada pela virtude do Fogo.”                                                    
Quando alguma nova dinastia está para se formar, o Céu exibe sinais propícios para as pessoas. 
 Durante a ascensão da Dinastia Huang Ti (O Imperador Amarelo), vermes e formigas grandes aparecerão.  “Isto indicava que o elemento Terra está em ascensão; então a cor deve ser amarela, os negócios deveriam estar identificados de acordo com os sinais da Terra”. 
Durante a ascensão de “Isto é uma indicação de que o elemento Madeira está em ascensão, então nossa cor deve ser verde e nossos negócios devem estar identificados de acordo com os sinais da Madeira”.
Livros indicados para uma consulta mais abrangente:
O Manual do Herói.
O Imperador Amarelo.

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Medicina Chinesa.

             A Medicina Chinesa: Originária há mais de cinco mil anos atrás na antiga China, é hoje praticada em todo o mundo. É provavelmente, a mais antiga das medicinas, mas também a que talvez tenha sido mais praticada ao longo da História da Humanidade.
São técnicas e abordagens que se propõe analisar o indivíduo através de um princípio energético e, com esse diagnóstico, proceder ao tratamento por meio das várias áreas que englobam a Medicina Chinesa.
Já no Ocidente este conjunto de práticas terapêuticas está presente apenas há cerca de 300 anos.
A Medicina Chinesa encara a pessoa como parte de um todo, que é o mundo no qual se insere. Para haver equilíbrio há que tratar cada caso de forma individualizada, pois cada indivíduo, em si, é também um todo. Para harmonizar a energia e assim alcançar o equilíbrio, é preciso harmonizar o todo, ou estar-se-á a tratar apenas parte do problema.
A Medicina Chinesa procura tratar a origem do problema, para erradicá-lo em definitivo.
A Medicina Chinesa procura encontrar a resposta, mais adequada para cada Patologia.
Em geral é analisada a citologia que leva ao desequilíbrio para se chega ao fator patológico, e assim determinar uso da t6ecnica mais adequada para aquele fator de desequilíbrio.
(Algumas patologias que respondem satisfatoriamente as técnicas utilizadas na Medicina chinesa: Dores nas costas cervicalgia, dorsalgias, lombalgias, sacralgias), a dor articular, a dor muscular, a dor reumática, a dor resultante de tendinites, as enxaquecas, nervo Ciático, Paralisia facial, Rinite, Articulação Tempero Mandibular (ATM), Gastrite Aguda, Zumbidos, diabetes, asma, as infecções decorrentes de movimentos repetitivos, AVC, problemas menstruais.... Etc.
Assim como problemas psicológicos somáticos, geralmente se tem importante resultados.
Em: Depressão, stress, ansiedade, esgotamento psicológico, anorexia, insônia, Hiperatividade, e fobias.



Livros indicados para uma consulta mais abrangente:
O Manual do Herói.
O Imperador Amarelo.

terça-feira, 8 de outubro de 2013

"O Taoismo" Um breve relato:

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Taoismo:
               O Taoismo, ou como é mais conhecido no ocidente, a teoria do Yin-Yang.
Ainda na época da pré-história, os chineses já acreditavam que o Mundo era formado pelas forças primordiais, Yin-Yang.
Até hoje na China, a maioria das pessoas estão convencidas de que só serão felizes, ou terão sucesso, quando vivem em sintonia com essas forças cósmicas. Ambos os elementos são considerado de igual valor e juntos formam o“Ki ou Chi”
A fonte de energia da vida cósmica, toda via nenhuma dessas forças tem algo a ver com o nosso conceito de “Deus”.
A palavra “Deus” não existe na língua Chinesa.
        O conjunto deste ciclo, Yin- Yang, em eterna mutação determinada não é apenas o relacionamento entre os sexos, como também o equilíbrio os outros pares, ou dos pares do conceito que constituem uma unidade polarizada, como por exemplo: Corpo e espírito, consciente e inconsciente, o ideal e a realidade, direita e esquerda, Governo e oposição, acima e abaixo, dia e noite, galhos e raízes, doce e salgado, dia e noite, e etc. Cada polo tem o valor idêntico ao outro, os polos se completam e se necessitam mutua mente.
No entanto quando o equilíbrio habitualmente existente entre eles é perturbado, ambas as partes mostram o seu lado destrutivo e maléfico.
Por tanto neste ciclo a meta nunca é incentivar um polo em prejuízo do outro, por parecer melhor.
A meta é visar um equilíbrio que beneficie ambos os polos. Neste ponto o pensamento Oriental diverge fundamentalmente do Ocidental. A cultura Chinesa, a mais antiga do mundo, desenvolveu um sentido de equilíbrio e de humor que não é comum a maioria dos ocidentais.
Por outro lado, não é nenhum mistério o fato dos orientais, às vezes confiarem demasiadamente neste “sexto sentido” Perdendo-se em especulações irracionais e em superstições.
      Vários textos, taoistas parecem incluir-se nesta categoria, e seria necessário separação cuidadosa neste sentido pois a intenção aqui é simplesmente informar e não formar ninguém.

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

domingo, 23 de junho de 2013

Cânfora:

Classificação: científica Reino: Plantae Divisão: Magnoliophyta Classe: Magnoliopsida Ordem: Laurales Família: Lauraceae Género: Cinnamomum Espécie: C. camphora Nome binomial Cinnamomum camphora L. O canforeiro (Cinnamomum camphora (L.) J. Presl; sin: Laurus camphora L.) é uma árvore pertencente à família Lauraceae e ao género Cinnamomum, o mesmo da árvore que produz a canela. Esta árvore é nativa de algumas regiões do Extremo Oriente particularmente do Taiwan, do Japão e da China meridional. Esta árvore é a origem da cetona conhecida como cânfora (C10H16O), uma substância branca, cristalina, com um forte odor característico e obtida a partir da seiva. A extração é feita pela oxidação do pineno (parte principal da essência de terebentina). É uma combinação acíclica. Apresenta-se em grandes massas brancas, grano-cristalinas, translúcidas de cheiro particular penetrante e de um sabor um tanto amargo. É pouco solúvel na água, dissolvendo-se facilmente no álcool, éter e demais solventes orgânicos. Volatiliza-se desde a temperatura comum. É usada na fabricação de celuloide e de pólvora sem fumaça. Conhecida desde a antiguidade, a cânfora é utilizada como incenso e no preparo de medicamentos. Diz-se que seu cheiro é inibidor de aranhas e traças. Para tanto, é recomendável a diluição em álcool para o seu borrifa mento nas paredes e armários. Princípios ativos: Terpenos (alfa-pineno, nopineno, canfeno, dipenteno, cariofileno, cadineno, bisaboleno, canfazuleno etc.), álcoois (borneol, linalol, alfa-terpinol etc.), cetonas (cânfora, piperitona), óxidos (cineol etc.

terça-feira, 18 de junho de 2013

Plantas que Curam: Confrei:

Planta medicinal utilizada como anti-inflamatório em caso de contusões e batidas, pode ser encontrada em gel.Atenção! Não utilize esta planta em uso interno (para ingerir), pois existe risco de intoxicação. Nomes: Nome em português: Confrei, consólida Nome latim: Symphytum officinale Nome inglês: comfrey Nome francês: Consoude, Grande consoude Nome alemão: Wallwurz Nome italiano: consolida maggiore, erba di San Lorenzo Família: Boraginácea (Boraginaceae) Constituintes: Alcalóides: pirrolizidina, alantoína. Partes utilizadas: Folhas e raízes secas. Efeitos do confrei Antiinflamatório, calmante, adstringente, favorece a cura de machucados. Indicações do confrei. Uso externo (pomada, gel) Contusões, machucados, esfolamentos, ferimentos (sem lesão, ferida não aberta), artrose. Atenção! não utilize esta planta em uso interno (para ingerir), pois existe um risco de intoxicação. O confrei contém alcalóides (pirrolizidinas) que são tóxicos para o fígado. Efeitos secundários: Desconhecemos, porém todas as plantas podem apresentar um risco alérgico. Contra-indicações Gravidez, amamentação, ferida aberta ou com sangramento. Interações Desconhecemos. Preparações à base de confrei Gel de confrei Pomada de confrei Cataplasma de confrei Onde cresce o confrei? O confrei cresce na Europa, na Ásia e na America Latina (Brasil,...). Época da colheita do confrei: O confrei é uma planta utilizada há muito tempo (desde a época dos Gregos) para tratar machucados (sem sangramento) apóscontusões ou batidas. A eficácia desta planta é cientificamente comprovada (devido à alantoína). Atenção! Não se deve ingerir o confrei, pois existe um sério risco de intoxicação na região do fígado, casos de morte já foram relatados. O uso desta planta em pomada não oferece risco algum, pois as substâncias tóxicas não são absorvidas, no entanto, por medida de segurança, utilize por um período restrito (no máximo 2 meses de tratamento) e faça uma pausa. Sempre peça orientações a um farmacêutico.

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Plantas que Curam: Arnica Montana:

Nome Científico: Arnica Montana. Familia: Compositae (Asteraceae) Histórico e Curiosidades: Chamada de arnica verdadeira, arnica das motanhas, arnica importada. É natural das regiões montanhosas da Europa e da região da Sibéria. Era muito encontrada em estado nativo nas regiões dos Alpes. Existem outras espécies do mesmo gênero nativas do Alasca e oeste dos EUA e México. Muito consumida no mundo todo, há comentários recentes que está entrando em extinção em estado nativo, e está surgindo alguns problemas em seu cultivo. Empregada desde a época romana, sendo que os antigos gladiadores nos circos romanos utilizavam uma pomada com arnica e calêndula. Botânica: Planta que vegeta em grandes altitudes, podendo chegar até a 2.000m. É de ciclo anual, de porte baixo, com folhas lanceoladas, de coloração verde claro. Suas flores são amarelas, que se destacam da relva. A multiplicação se dá por sementes. Cultivo e Colheita: Não existem muitas informações sobre o cultivo aqui no Brasil. Mas deve ser realizado em locais de grandes altitudes ou em regiões mais ao sul do Brasil. Atualmente além da Europa existe cultivo no Canadá. Planta muito consumida e atualmente está com um preço muito caro, com certeza deve estar existindo algum problema com relação ao seu cultivo. Parece ser pouco produtiva. Parte Utilizada: Empregam-se tanto as flores quanto as raízes, mas o grande emprego é para suas flores. Princípios Ativos: Triterpenos (arnidol, pradiol, arnisterina), princípios amargos (helenalina, dihidroxihelenalina), flavonóides (5%) (isoquercetina, luteolina, astragalina), taninos, resinas, ácidos orgânicos (clorogênico e cafeico), alcalóides (arnicaína, arnicina, traços de alcalóides pirrolizidínicos), fitosterina ou arnisterina, carotenóides, ceras, cumarinas (umbeliferonas, escopoletina), óleo essencial (0,3%) (timol, pentainomonoeno, compostos canforados) lactonas sesquiterpênicas (helenalóide, arnidiol ou arnisterol, antoxantina, faradiol). Ação Farmacológica e Indicações: Possui ação anti-inflamatória marcante, analgésica e anti-séptica. No sistema cardio-circulatório age como tônica circulatória e cardíaca, sendo empregada nos casos de hipotensão arterial. Tratamento e preventivo de microvarizes em cremes e pomadas. No sistema nervoso age como tônico, em paralisias de origem central e estimulante nervoso. No sistema osteoarticular atua nos traumatismos em geral, artrites, artroses, lombalgias, dorsalgias, tendinites traumáticas, L.E.R.. Externamente age como vulnerária, revulsiva (reabsorve tecido necrosado), adstringente, anti-séptico, furunculoses e picadas de insetos. De forma geral age como um excelente anti-inflamatório, em casos de torções, torcicolos e dores musculares de uma forma geral. Efeitos Colaterias: Evitar uso na gravidez e lactação, a não ser em formulas homeopática ou externamente. Uso interno somente diluído no mínimo a D1. Em uso interno com altas dosagens pode causar irritação gástrica (náuseas, vômitos, dor epigástrica), disturbios circulatórios (inclusive arritimias cardíacas e hipertensão arterial) e neurológicos (convulsão). Pode provocar alergia, dermatite de contato. Evitar uso em feridas abertas. Contra indicada em casos de epilepsia e úlcera péptica.

domingo, 9 de junho de 2013

Plantas que Curam: Gengibre:

Gengibre:Zingiber officinale: Classificação científica. Reino: Plantae Divisão: Magnoliophyta Classe: Liliopsida Ordem: Zingiberales Família: Zingiberaceae Género: Zingiber Espécie: Z. officinale Nome binomial Zingiber officinale Roscoe, 1807 O gengibre (Zingiber officinale) é uma planta herbácea da família das Zingiberaceae, originária da ilha de Java, da Índia e da China, de onde se difundiu pelas regiões tropicais do mundo. Outro nome conhecido no norte do Brasil, principalmente pelos indígenas, éMangarataia ou mangaratiá. É conhecido na Europa desde tempos muito remotos, para onde foi levado por meio dasCruzadas. Em Portugal existe registro da sua presença desde o reinado de D. João III(1521-1557). A introdução do gengibre no Brasil é atribuída por muitos autores às invasões holandesas que ocorreram por volta de 1625 no Estado de Pernambuco. Contudo, há relatos que citam a presença desta planta no ano de 1587. Visconde de Nassau quando veio para o Brasil trouxe o famoso botânico Pison que relatou o gengibre como planta indígena e de fácil encontro no estado silvestre, tanto que a considerou simultaneamente brasileira e asiática, convicção esta que afirmou até longa data, após, porquanto a publicou em 1648.(PIO CORREA, 1984) No Brasil, o gengibre chegou menos de um século após o descobrimento. Naturalistasque visitavam o país (colônia, naquela época) achavam que se tratava de uma planta nativa, pois era comum encontrá-la em estado silvestre. Hoje, o gengibre é cultivado principalmente na faixa litorânea do Espírito Santo, Santa Catarina, Paraná e no sul deSão Paulo, em razão das condições de clima e de solo mais adequadas. Trata-se de umaplanta perene da Família das Zingiberáceas, que pode atingir mais de 1 m de altura. As folhas verde-escuras nascem a partir de um caule duro, grosso e subterrâneo (rizoma). As flores são tubulares, amarelo-claro e surgem em espigas eretas. O seu caule subterrâneo é utilizado como especiaria desde a antiguidade, na culinária e na preparação de medicamentos. Índice 1 Usos medicinais 2 Gastronomia 3 Referências 4 Ligações externas Usos medicinais: Rizomas de gengibre. Como planta medicinal o gengibre é uma das mais antigas e populares do mundo. Suas propriedades terapêuticas são resultado da ação de várias substâncias, especialmente do óleo essencial que contém canfeno, felandreno, zingibereno e zingerona. Popularmente, o chá de gengibre, feito com pedaços do rizoma fresco fervido em água, é usado no tratamento contra gripes, tosse, resfriado e até ressaca. Banhos e compressas quentes de gengibre são indicados para aliviar os sintomas de gota, artrite, dores de cabeça e na coluna, além de diminuir a congestão nasal, cólicas menstruais e previne o câncer (cancro) de intestino e ovário. Desde a Antiguidade, o gengibre é utilizado na fabricação de xaropes para combater a dor de garganta. Sua ação antisséptica pode ser a responsável por essa fama, tanto que muitos locutores e cantores revelam que entre os seus segredos para cuidar bem da voz está o hábito de mastigar lentamente um pedacinho de gengibre. No entanto, esse hábito (mascar gengibre e em seguida cantar ou falar, enfim, fazer uso da voz) é contra-indicado visto que o gengibre possui também propriedades anestésicas e esta "anestesia tópica" diminui o controle da emissão vocal, favorecendo o aparecimento de abusos vocais. No Japão, utiliza-se o gengibre para massagens a partir de óleo de gengibre são tratamentos tradicionais e famosos para problemas de coluna e articulações. Na fitoterapia chinesa, a raiz do gengibre é chamada de "Gan Jiang" e apresenta as propriedades acre e quente. Sua ação mais importante é a de aquecer o baço e o estômago, expelindo o frio. É usada contra a perda de apetite, membros frios, diarréia, vômitos e dor abdominal. Aquece os pulmões e transforma as secreções. A medicina ayurvédica reconhece a ação dessa planta sobre o sistema digestivo, indicadando?a para evitar enjoos e náuseas, confirmando alguns dos seus usos populares, onde o gengibre é indicado na digestão de alimentos gordurosos. O gengibre tem ação bactericida, é desintoxicante e acredita-se há séculos que possua poder afrodisíaco. Na medicina chinesa tradicional, por sua reconhecida ação na circulação sanguínea, é utilizado contra a disfunção erétil. O óleo de gengibre também é utilizado para massagear o abdômen, aquecendo o corpo e excitando os órgãos sexuais. Graças ao seu alto poder bactericida, tem-se comprovado que o consumo desta planta em estado cru por cerca de 30 dias (pode-se moer e acrescentar adoçante, mel, etc.) elimina a bactéria Helicobacter pylori existente em casos de gastrite ou úlceras.Gastronomia O gengibre possui sabor picante e pode ser usado tanto em pratos salgados quanto nos doces e em diversas formas: fresco, seco, em conserva ou cristalizado. O que não é recomendado é substituir um pelo outro nas receitas, pois seus sabores são muito distintos: o gengibre seco é mais aromático e tem sabor mais suave. O gengibre fresco é amplamente utilizado na China, no Japão, na Indonésia, na Índia e na Tailândia. No Japão costuma-se usar o suco (do gengibre espremido) para temperar frango e as conservas "beni shouga", feitas com os rizomas jovens, que são consumidas puras ou com sushi. Já o gengibre cristalizado é um dos confeitos mais consumidos no Sudeste Asiático. Nos Estados Unidos e na Grã-Bretanha para fazer os tradicionais bonecos de gengibre para o Natal.

terça-feira, 4 de junho de 2013

Plantas que Curam: Zedoária:

Zedoária: Curcuma zedoaria (Christm.) Roscoe. Descrição : Da família das Zingiberaceae. Também conhecida como zedoaria (espanhol), zédoaire (francês), zedoary (inglês), curcuma (italiano). Planta perene, rizomatosa, apresentando rizoma de forma alongada, de coloração azulada e com ramificações laterais mais finas, bastante semelhante do gengibre. Do rizoma saem as folhas e as hastes florais. As folhas são bem alongadas e as hastes florais. As folhas são bem alongadas, de cor esverdeadas e pecioladas. As hastes florais surgem somente após a queda das folhas e são compostas por escamas e flores no formato de espiga. Possui um odor agradável, que lembra o da cânfora e do alecrim. O sabor é amargo, picante e suavemente canforáceio. Parte utilizada: rizomas cilíndricos e os ovóides. Habitat: É nativa da Índia Oriental e também é encontrada nas Molucas, Filipinas e Nova Guiné. História: Foi trazida para o Brasil pelos colonizadores, aparece na primeira edição da Farmacopeia Brasileira. Faz parte da Farmacopeia Ayurvédica. Plantio : Reproduz-se por pedaços de rizomas, que apresentam as gemas, com plantio em solo argiloso, fértil, leve, solto e de fácil drenagem, de preferência onde o clima é temperado e úmido. A colheita do rizoma, com a retirada do solo, ocorre na época em que o vegetal perde a parte aérea, o que aonctece após a floração, época em que dee apresentar pigmentos azuis. Origem : Tem sua origem na Ásia tropical. Cultivado na índia, China e Japão, há muito tempo está aclimatada no Brasil, onde também é cultivada. No período da dinastia Ming um erudito deixou registrado em seus livros que a zedoária, conhecida também por gajitsu, era capaz de curar a má circulação sangüínea. Modo de Conservar: Os rizomas devem se lavados, emxutos, fatiados e colocados para secar ao sol, em local ventilado e sem umidade. Conservar em vidros escuros, ao abrigo da luz solar. Princípios Ativos: os rizomas têm:1,0 a 1,5% de óleo essencial (alfa-pineno, cineol, D-cânfora, D-borneol, D-canfeno, ), álcoois sesquiterpenos e zingibereno, amido (50%), mucilagens, alcalóides, resina (3,5%), pigmento curcumina, guaieno, zedoalactona A e B, curcumenona (ciclopropanosisquiterpeno), 2 espirolactonas (curcumanolide A e curcumanolide B); abluminóides; vitaminas: B1, B2, B6; minerais: ca, Mg, Fe, P, Na, K. Propriedades medicinais: Anti-séptica, antifúngica, aromática, carminativa, digestiva, estimulante, estomáquica, hepatoprotetora, renal, antiasmática, febrífuga, vermífuga, anti-reumática, antidispéptica, emenagoga, restauradora, antiflatulenta, colerética, hipocolesterolêmica, antioxidativa, anti-hepatotóxica. Indicações: bronquite, cálculos renais, úlcera gástrica e duodenais, insônia, colesterol, circulação sangüínea, micoses, aumenta eficácia da quimioterapia e da radioterapia, distúrbios hepáticos, hepatite, resfriados, afecções urinárias, cólica, vômito, tosse, distúrbios menstruais e gastrintestinais, pulmão, dermatose, tônico, estimulante, carminativo, expectorante, diurética, rubefasciente, calmante, colerético, colagogo, anti-séptica, antifúgico, gastrite, intoxicação alimentar, flatulências, gota, cálculos renais; insônia; piorréia alveolar, aumentar a secreção biliar, azia, prisão de ventre, cálculo biliar, depurativo do sangue, antibiótica, deter a produção do elemento TXA2 (principal responsável pela hiperemia na gengiva). Diminui a secreção de ácido clorídrico pelo estômago ao mesmo tempo em que aumenta a produção de bile e facilita a sua liberação pela vesícula biliar. Tem ação bactericida, fungicida e até viricida, principalmente em uso tópico. Isto permite o uso da planta fresca em patologias da boca, como gengivites e periodontites causadas pela placa bacteriana, além de aftas e herpes. Pela sua ação antisséptica, antiinflamatória e digestiva, é um ótimo medicamento para o mau hálito. Contra-indicações/cuidados: não deve ser usada por gestantes nos três primeiros meses de gravidez e lactantes. Evitar uso externo com exposição solar, pois tanto o rizoma quanto o produto processado são fotossensíveis. A superdosagem pode provocar irritação da mucosa estomacal e úlceras. Evitar utilizar mais que 15 g diárias. Uso pediátrico: Quase todas as indicações para adultos. Uso na gestação e na amamentação: Não deve ser usada durante a gestação e a lactação. Precauções: Não causa danos à saúde, nas doses recomendadas. Efeitos colaterais: Diarreias, dores e distensão abdominais podem ocorrer nos primeiros dias de tratamento. Superdosagem: Acima de 15g diárias, podem ocorrer efeitos indesejáveis como irritação da mucosa estomacal e úlceras. Modo de usar: Infuso ou decocto a 2,5%: de 50 a 200 ml por dia. Tintura: 2 a 25 ml por dia ou 1 colher das de sopa do pó em 100 ml de álcool de cereal a 70 graus e 50 ml de água. Deixar macerar por 5 dias. Coar. Tomar 1 colher das de café diluído em um pouco de água, de manhã, em jejum, e antes da principais refeições, para estimular a digestão e regularizar o fígado. Pó: 1 g por dose, 2 a 3 vezes ao dia ou 1 colher das de sobremesa do pó diluído em água ou suco, antes das principais refeições (para normalizar o colesterol). 3 a 6g/dia na forma de decôcto, pó ou pílulas. cataplasma , para combater micoses. Aumenta a eficácia da quimioterapia e da radioterapia em tratamentos de câncer. infusão: - fígado: 1 colher das de café do pó ou três fatias pequenas em 1 xícara das de chá de água quente. Abafar por 10 minutos. Coar. Tomar 1 a 2 xícaras ainda morno, antes das principais refeições. - pulmão: 2 colheres das de sopa do pó ou fatias pequenas em 1 xícara das de chá de água. Abafar por 15 minutos. Coar. Juntar 2 colheres das de sopa de mel. Tomar 2 a 3 colheres das de sopa ao dia (adultos) ou metade (crianças). Tanto os chás, tinturas e extratos dos rizomas são usados contra bronquites, cálculos renais, úlceras gástricas, insônia, para reduzir a taxa de colesterol no sangue e ativar a circulação sangüínea. Farmacologia: A planta age especificamente sobre o trato gastrointestinal. Inibe a secreção dos ácidos estomacais e promove a secreção biliar. Indicada na prevenção e tratamento de úlceras gastroduodenais, iitíase biliar e colesterol. Ativa a circulação sanguínea e desintoxica o organismo. Sua ação rubefasciante sobre vasos e tecidos é útil nas bronquites e tosses catarrais. Em ensaios com animais a planta apre-sentou efeito coletérico, espasmolítico e antiácido leve. Também houve aumento do tempo de trânsito intestinal. O extrato etanólico (principal princípio ativo-ácido éster etílico p-metoxicinamico) é um fungicida potente. Também foi comprovado o efeito anti-tumoral.Foram isolados 3 compostos no extrato alcoólico com atividade antibiótica contra no Trichophyton rubrum. Impede a produção de TXA2, responsável pela hiperemia da gengiva na piorreia afveolar. Posologia: Adultos: 5ml de tintura divididos em 2 doses diárias, diluídos em água, antes das principais refeições para problemas digestivos, hepáticos, renais e para normalizar o colesterol; 3g de rizomas frescos ou 1,5g de rizomas secos (1 colher de chá para cada xícara de água) em infuso ou decocto, conforme a parte usada, até 3 vezes ao dia, com intervalos menores que 12hs.

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Plantas que Curam: Guaçatonga:

Guaçatonga: Classificação científica Reino: Plantae Divisão: Magnoliophyta Classe: Magnoliopsida Ordem: Malpighiales Família: Salicaceae Género: Casearia Espécie:C. sylvestris Nome binomial: Casearia sylvestris Casearia sylvestris Sw. (Flacourtiaceae) ou guaçatonga é uma planta lenhosa, arbustiva ou arbórea, com folhas inteiras, de disposição alterna, em geral dística, com estípulas caducas encontradas especialmente nas regiões tropicais da América do Sul. Apresenta-se distribuída em quase todo o território nacional. Embora não seja restrita apenas ao território brasileiro, a guaçatonga é uma planta pioneira rústica e produtora de grande quantidade de sementes, sendo bastante comum em beira de estradas e ao longo de cercas de arame farpado. Ela aparece nas mais variadas formações florestais, com ênfase no sul do país, especialmente nos estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Produz flores pequenas, de coloração creme-esbranquiçada, cujo aroma reflete um cheiro forte, como se fora uma mistura de mel e ácido úrico. As flores apresentam-se num formato de cachos, as quais surgem nos galhos e nas porções axilares das folhas. A árvore floresce entre os meses de julho a outubro e frutifica de setembro a dezembro. Após a floração, que pode ocorrer já no segundo ano, aparece seus pequenos frutos verdes, redondos, de 3-4 mm em diâmetro, que ao amadurecerem se tornam vermelho-alaranjados, deiscentes, que se abrem e mostram três sementes de coloração marrom. Guaçatonga, de nome científico Casearia sylvestris,é uma planta medicinal também conhecida como bugru-branco, café-bravo, café-do-brejo ou café-do-diabo. Esta planta medicinal vem sendo muito utilizada como ingrediente na produção de remédios homeopáticos,cremes fitoterápicos, no tratamento de herpes labial e aftas. Propriedades da guaçatonga: Cicatrizante, depurativo, calmante, sudorífera, tônica, cardiotônica, diurética, estimulante, afrodisíaca, anestesiante, antiespasmódica, anti-hemorrágica, antimicrobiana, antipirética, anti-reumática, anti-séptica, antiúlcerogenica e imunoestimulante. Indicações da Guaçatonga: Paralisia, reumatismo, sapinho, herpes, hemorragias, inflamações, inchaço nas pernas, ácido úrico, aftas, artrite, dores no peito, diarreia, eczemas, picada de cobras, picada de insetos, micose, sífilis, obesidade, Gastrite, úlceras e sarnas. Modo usar a guaçatonga: Chá: Adicionar 10g de guaçatonga em 200 ml de água fervente e beber 2 xícaras ao longo do dia. Utilizado para úlceras e problemas digestivos. Compressa: Ferver as 30g de guaçatonga com 10g de folhas de confrei em 1 litro de água, por aproximadamente 10 minutos. Aplicar sobre os eczemas. Xarope: Triturar folhas de guaçatonga com álcool e aplicar a solução sobre as aftas. Contraindicações da guaçatonga Mulheres grávidas ou em fase de lactação devem evitar o uso de guaçatonga. Esta planta medicinal estimula as contrações uterinas podendo causar um aborto espontâneo. Efeitos Colaterais da guaçatonga Não foram encontrados efeitos colaterais.

sábado, 25 de maio de 2013

Plantas que curam:Sucupira: Artrite, Artrose, Sinusite,Tendinite, Fibromialgia...

A sucupira (Pterodon emarginatus) ocorre no cerrado e sua transição para a floresta semidecídua da Mata Atlântica, nos estados de Minas Gerais, Mato Grosso, Tocantins, São Paulo, Goiás, Piaui e Mato Grosso do Sul. A espécie consta da lista de plantas ameaçadas do estado de São Paulo. Características: É árvore de porte médio, de 8 a 16 metros, de copa piramidal rala. O tronco tem casca lisa branco-amarelada. As raízes formam às vezes expansões de reserva, as batatas-de-sucupira. As folhas compostas bipinadas. Flores rosadas, em inflorescências terminais tipo panículo. A espécie Pterodon polygalaeflorus pubescens Benth., considerada por alguns autores como a mesma da P. emarginatus, ocorre mais ao norte do Brasil e tem flores azul-violeta. Fruto tipo legume indeiscente, alado, com uma única semente protegida por cápsula fibrosa e envolta em substância oleosa numa estrutura esponjosa. A árvore é decídua, não-pioneira, heliófita e xerófita, nativa de terrenos secos e arenosos. Apresenta dispersão descontínua, muitas vezes com populações puras. Floresce em setembro-outubro e os frutos amadurecem em junho-julho, mas ficam mais tempo na árvore. Retirar a semente do fruto é difícil, estes podem ser plantados inteiros. De qualquer forma, a taxa de germinação é baixa. Usos: Fornece madeira muito dura, usada em construção civil. Na medicina popular, seu óleo aromático volátil, produzido pela casca e pelas sementes, é utilizado contra o reumatismo. Já os nódulos da raiz, chamados de batatas-de-sucupira, são usados contra o diabetes. Estudos farmacológicos demonstraram que o óleo dos frutos inibe a penetração pela pele da cercária da esquistossomose, podendo ser usada na profilaxia dessa endemia. Sucupira-branca classificada como Pterodon emarginatus? Por ser morfologicamente parecida, a P. emarginatus e a Bowdichia virgilioides Kunth são com freqüência confundidas, mas os frutos são diferentes. A Farmacopéia; Brasileira de 1929 refere o uso da casca de sucupira em forma de extrato fluido e tintura, citando a espécie como Bowdichia virgilioides Humboldt, Bonplant, Kunth. Descreve a casca como se apresentando em grandes pedaços planos ou levemente curvos, de comprimento e largura variáveis e 8–10 mm de espessura. A superfície externa é pardo-escura com numerosas verrugas cor de ferrugem, rachos longitudinais profundos e algumas fendas transversais muito espaçadas. A parte suberosa se desprende facilmente, expondo o parênquima cortical pardo-avermelhado. A face interna é amarelada, com estrias longitudinais bem visíveis. O sabor é amargo e adstringente.

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Plantas que curam: Mulungu:

Mulungu: Planta medicinal com efeito ansiolítico, antidepressivo, tranquilizante, sedativo, hepatoprotetor, hipotensivo, entre outros. Seu uso interno faz-se através de infusões, decocções, extrato seco, tintura e xaropes. Nomes em Português: Mulungu, corticeira, murungu, muchocho, murungo, totocero, flor-de-coral, árvore-de-coral, amerikadeigo, ceibo, chilichi, chopo, hosoba deiko, pau-imortal, mulungu-coral, capa-homem, suiná-suiná, amansa senhor, bico de papagaio, canivete, capa homem, corticeira, eritrina, sapatinho de judeu, sinanduva, suinã, mulungu, murungu Nome latim: Erythrina mulungu Nome inglês: mulungu, murungu, muchoc Nome francês: mulungu Nome alemão: mulungu Nome italiano: mulungu Nome espanhol: mulungu Família: Fabacea Constituintes: Alanina, arginina, ácido aspártico, cristacarpina, cristadina, cristamidina, dmietilmedicarpina, eribidina, ericristagalina, ericristanol, ericristina, eridotrina, erisodienona, erisodina, erisonina, erisopina, erisotrina, erisovina, eristagalina A-C, eritrabissina ii, eritralinas, eritraminas, eritratina, eriariestireno, ácido gama-amino butírico, ácido glutâmico, lectinas hipaporinas, n-nor-orientalina, ácido oléico, ácido oleanóico, faseolidinas, proteinases, ácido ursólico e vitexina. Partes utilizadas: Raiz e casca da árvore. Efeitos do mulungu: Antidepressivo, ansiolítico, sedativo, calmante, tônico hepático (tonifica, equilibra e fortalece o fígado), antibacteriano, antiinflamatório, antimicobacteriano, antiespasmódico, tônico, hipotensivo, diurética, expectorante, narcótica, tranquilizante, dores reumáticas e musculares. Indicações do mulungu: Doenças mentais (depressão, neurose, ansiedade, estresse, histeria, ataque de pânico, compulsões, etc.), sedativo para insônia, relaxamento, distúrbio do sono, doenças hepáticas (hepatite, obstruções, enzimas hepáticas aumentadas, esclerose, etc.), hipertensão, palpitações cardíacas, abstinência de drogas/nicotina, cistite, epilepsia, irritações oculares, histeria, insônia, dor de estômago, problemas de lactação, edema, dor de cabeça, hepatite, hérnia, reumatismo, espasmos, insuficiência urinária, diarréia,hemorróida, infecção respiratória, infecção urinária, asma, infecções bacterianas, bronquite, tosse, febre, gengivite, neuralgia, tensão nervosa, estresse, inflamações, bronquite asmática, coqueluche, tosse. Efeitos secundários: O mulungu é um sedativo e pode causar sonolência. Em excesso pode causar depressão e paralisias musculares. Contraindicações: Por seu efeito hipotensivo, é recomendado que pacientes que utilizem o fitoterápico e ainda façam uso de algum medicamento anti-hipertensivo, tenham sua pressão controlada e monitorada de acordo com as devidas precauções. Interações: Nenhuma interação foi documentada, entretanto o mulungu pode potencializar o efeito de alguns medicamentos ansiolíticos e anti-hipertensivos. Toxicidade: As sementes dos frutos são tóxicas. Preparações à base de mulungu: Infusão Extrato Fluído Extrato Seco Tintura Xarope Decocção O mulungu é uma planta nativa da parte central e Nordeste do Brasil e hoje cresce na região desde São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e na floresta estacional semidecidual da Bacia do Paraná, até Tocantins e Bahia. A árvore nativa é vistosa, tem floração vermelho vivo, grande porte e é comum nas regiões do leste do estado de Minas Gerais. Época da colher do mulungu: A época da floração varia entre Junho a Setembro, destituído de folhas, e em geral as árvores Mulungu não mantêm suas flores mais que uma ou duas semanas. Já a colheita de seus frutos pode ser observada entre setembro e outubro. Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.