sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Plantas que Curam: Sucupira:

A sucupira (Pterodon emarginatus) ocorre no cerrado e sua transição para a floresta semidecídua da Mata Atlântica, nos estados de Minas Gerais, Mato Grosso, Tocantins, São Paulo, Goiás, Piaui e Mato Grosso do Sul. A espécie consta da lista de plantas ameaçadas do estado de São Paulo. Características: É árvore de porte médio, de 8 a 16 metros, de copa piramidal rala. O tronco tem casca lisa branco-amarelada. As raízes formam às vezes expansões de reserva, as batatas-de-sucupira. As folhas compostas bipinadas. Flores rosadas, em inflorescências terminais tipo panículo. A espécie Pterodon polygalaeflorus pubescens Benth., considerada por alguns autores como a mesma da P. emarginatus, ocorre mais ao norte do Brasil e tem flores azul-violeta. Fruto tipo legume indeiscente, alado, com uma única semente protegida por cápsula fibrosa e envolta em substância oleosa numa estrutura esponjosa. A árvore é decídua, não-pioneira, heliófita e xerófita, nativa de terrenos secos e arenosos. Apresenta dispersão descontínua, muitas vezes com populações puras. Floresce em setembro-outubro e os frutos amadurecem em junho-julho, mas ficam mais tempo na árvore. Retirar a semente do fruto é difícil, estes podem ser plantados inteiros. De qualquer forma, a taxa de germinação é baixa. Usos: Fornece madeira muito dura, usada em construção civil. Na medicina popular, seu óleo aromático volátil, produzido pela casca e pelas sementes, é utilizado contra o reumatismo. Já os nódulos da raiz, chamados de batatas-de-sucupira, são usados contra o diabetes. Estudos farmacológicos demonstraram que o óleo dos frutos inibe a penetração pela pele da cercária da esquistossomose, podendo ser usada na profilaxia dessa endemia. Sucupira-branca classificada como Pterodon emarginatus? Por ser morfologicamente parecida, a P. emarginatus e a Bowdichia virgilioides Kunth são com freqüência confundidas, mas os frutos são diferentes. A Farmacopéia; Brasileira de 1929 refere o uso da casca de sucupira em forma de extrato fluido e tintura, citando a espécie como Bowdichia virgilioides Humboldt, Bonplant, Kunth. Descreve a casca como se apresentando em grandes pedaços planos ou levemente curvos, de comprimento e largura variáveis e 8–10 mm de espessura. A superfície externa é pardo-escura com numerosas verrugas cor de ferrugem, rachos longitudinais profundos e algumas fendas transversais muito espaçadas. A parte suberosa se desprende facilmente, expondo o parênquima cortical pardo-avermelhado. A face interna é amarelada, com estrias longitudinais bem visíveis. O sabor é amargo e adstringente.

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