sábado, 24 de novembro de 2012

Plantas que curam: Prímula:

Nome botânico: Oenathera biennis L. Sinonímia: Estrela-da-tarde Família: Onagraceae Parte utilizada: Raiz, folha, caule, sumidades floridas e o óleo extraído das sementes. Histórico: A Oenothera é conhecida como prímula ou "evening primrose" estrela da tarde. Este nome provém da característica de suas flores abrirem ao entardecer. Nativa da América do Norte foi introduzida na Europa no século XVII como planta ornamental. Os índios americanos usavam a planta como alimento, faziam também extratos ou infusões adstringentes e sedativas. Cultivada nos jardins dos mosteiros do século XIX, esta planta foi negligenciada por Gregor Mendell, um monge austríaco, na escolha de plantas para as suas famosas experiências sobre hereditariedade. Contudo, ela é hoje cultivada por geneticistas na demonstração de princípios hereditários. Dados ecológicos: Adequada para plantios a pleno sol, em bordaduras de maciços, em canteiros ricos em matéria orgânica, mantidos umedecidos. Aprecia o frio. Constituintes: Fitosterol, Oenoterina, Taninos, Compostos Flavônicos, Mucilagens, Ácidos graxos polissinsaturados: oléico, linoléico,gamalinolênico, palmítico e esteárico Ação: Hepatoprotetora, antiinflamatória, sedativa, antiespasmódica, demulcente, nutritiva, adstringente suave, vulnerária, anticoagulante, suplemento nutricional, vasodilatadora. Propriedades farmacológicas: Os ácidos graxos insaturados presentes no óleo são responsáveis por várias funções no organismo, principalmente a de precursores das prostaglandinas. O ácido linolênico, um dos principais constituintes do óleo, é um intermediário na síntese das prostaglandinas, em especial a E1 que regula os hormônios sexuais femininos. Mantêm a elasticidade e controla a oleosidade da pele, intervém nos mecanismos vasodilatadores e inibe a agregação plaquetária. Atua na síndrome da hiperatividade infantil, em nível de serotoninas cerebrais, normalizando-as. A deficiência ou ausência de precursores das protaglandinas conduz a distúrbios que levam ao envelhecimento ou ressecamento da pele, distúrbios cardiovasculares, hipertensão e colesterolemia. Poucos alimentos são fornecedores diretos de ácidos graxos insaturados em quantidades suficientes para produzir esses precursores. O óleo de prímula é um agente ideal como fonte de ácido gama linolênico, reduz a perda de água através da pele, aumenta a tolerância à exposição dos raios ultravioleta, melhorando a integridade, elasticidade e flexibilidade das membranas celulares. O ácido gama linolênico é essencial na síntese das prostaglandinas, e sua reposição é necessária quando a enzima delta-6-desaturase está inativa, sendo sua deficiência a causa primária de alterações metabólicas. O óleo de prímula, devido a sua constituição, ameniza a carência de ácidos graxos insaturados, quando a dieta alimentar é deficiente. A raiz de prímula atua como antiflogística. Devido às mucilagens desenvolve boa ação emoliente e as folhas, flores e caule possuem propriedades sedativas da tosse e estimulam a circulação sangüínea, sendo também, importantes nutrientes capilares e tópicos. Precauções/ contra indicações e efeitos colaterais: Não deve ser usado por pessoas sensíveis ao produto e que tenham histórico de epilepsia. O óleo é recomendado para suprir a carência de ácidos graxos essenciais. Durante a amamentação a reposição de ácido gama linolênico, na mãe, evita a depressão pós-parto. Os estudos clínicos realizados com o óleo apresentaram resultados positivos após 90 dias de tratamento. Modo de usar: Óleo: 1,5 a 4,0g ao dia Flores secas: infuso ou xarope contra a tosse. Também como emoliente para peles avermelhadas Hastes e folhas: infuso, decocto ou extrato fluído. É também empregada externamente em uso externo no tratamento de formas leves de reumatismo. Fonte: Fundação Herbarium de saúde e pesquisa.

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